E-books x Publicações impressas
(Foto:Reprodução/ Ignição Digital)
Com o surgimento das novas tecnologias, a migração das publicações de suporte impresso para as plataformas digitais, foi um advento do século XXI. Nesse aspecto de novas opções tecnológicas, os livros eletrônicos, os e-books, trouxeram o questionamento sobre o futuro das publicações impressas.
(Foto:Reprodução/Poesia que Encanta Vida)
Um dos principais pontos na comparação das plataformas digitais com as impressas é a questão ecológica. Ao contrário do que muitos pensam, assim como o impresso, o digital também causa grandes impactos ambientais.
O papel e os impactos de sua produção no ambiente
Para cada 1 tonelada de papel são necessárias 2 a 3 toneladas de madeira, uma grande quantidade de água, e muita energia (está em quinto lugar na lista das que mais consomem energia). O uso de produtos químicos altamente tóxicos na separação e no branqueamento da celulose também representa um sério risco para a saúde humana e para o meio ambiente - comprometendo a qualidade da água, do solo e dos alimentos.
(Foto:Reprodução/slideplayer)
Para preservação ambiental, em 1934 foi lançado o Código Florestal do País. Regras como a preservação das matas nativas, a conservação dos recursos naturais, a produção sustentável e o respeito ao habitat, por exemplo, devem ser obedecidas.
Algumas saídas têm sido apontadas para contornar impactos ambientais, como a utilização de madeira de reflorestamento, para frear a derrubada nas poucas áreas remanescentes de matas nativas, a redução do emprego de cloro nos processos de fabricação e a reciclagem do papel. Porém, ainda assim, estamos muito longe de alcançar uma produção limpa e sustentável.
E-reader mais sustentável?
(Foto:Reprodução/digitaltrends)
Com a criação do leitor digital (e-reader) Kindle, em 2007, pela Amazon, o mercado do livro digital tornou-se realidade. Com isso, a ideia de ser mais sustentável do que o livro impresso surgiu logo em seguida. Porém, em um artigo publicado no The Millions, o editor Nick Moran estudou os dados sobre a pegada de carbono dos leitores digitais e comparou com os números dos livros impressos. Segundo ele, os e-readers, ou seja, os aparelhos para leitura digital, como Kindle ou iPad, possuem pegada de carbono 200 a 250% maior que uma biblioteca.
A fabricação desses aparelhos requer a extração de minerais raros que geram emissões de CO2, e, ao serem retirados da natureza, causam o desmatamento de um grande número de hectares de florestas e espaços naturais. Além disso, há o problema da grande quantidade de lixo eletrônico. Os aparelhos são descartados a toda hora e, muitas vezes, não por defeito ou fim de sua vida útil, mas sim pelo consumo e pelo desejo de possuir um produto de última geração.
Na escolha de qualquer uma das plataformas o consumidor deve se preocupar com o meio ambiente. Sua principal motivação deve vir, acima de tudo, com o desejo consciente de utilizar as plataformas do produto, pois, como se vê, ambas causam grande impacto ambiental.
Júlia Sestero,
Repórter em formação.
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